sexta-feira, 15 de maio de 2015

Escola do Cristianismo ( Invocação )


Primeira Parte

Vinde a Mim Todos os que Estão Atribulados e Sobrecarregados, Que eu os Aliviarei

Para Despertamento e Interiorização


Procul, o procul
est profani.




Invocação

Certamente se tem feito dezoito séculos desde que Jesus Cristo andou pela terra; entretanto, este não é de nenhuma maneira um sucesso como os demais sucessos, os quais, depois que passados, entram para a história, e então, depois de muito tempo chegam ao ouvido. Não, sua presença aqui na terra jamais é algo passado, e muito menos é algo cada vez mais distante, acontecido – no caso de que haja fé na terra, pois se não há, nesse mesmíssimo instante também a fazer muito tempo que ele viveu – pelo contrário, assim como se dá um crente, este deve enquanto tal – de outro modo nunca teria se convertido em crente – haver sido sempre e permanecer enquanto tal contemporâneo com a sua presença como o foram aqueles contemporâneos; esta contemporaneidade é a condição da fé, e dito com maior exatidão, é ela mesma.


Senhor Jesus Cristo, concede-nos que nós mesmos também sejamos contemporâneos contigo, que te vejamos em tua autêntica forma, e no contorno real, como quando passaste pelo mundo; não na figura em que se tem deformado uma representação vazia e que não diz nada, ou irreflexivo-fantástica ou histórico-verborrágica, que não é a figura da humilhação que te contempla o crente, nem pode ser de modo algum a de majestade, que nada te tem visto, todavia, que possamos ver como é e era e será até sua volta em majestade, como o sinal de escândalo e objeto de fé, o homem insignificante e sem dúvida alguma, o salvador e redentor do gênero humano, que por amor desceu à terra para buscar os que se haviam perdido, para padecer e morrer, que não obstante, entristecido – ai! A cada passo que deste sobre a terra, cada vez que chamaste os sobrecarregados, sempre que estendeste tua mão para fazer um sinal ou um milagre, e sempre que sem mover sequer a mão padeceste indefeso a oposição dos homens – tiveste que repetir sem cessar: Bem aventurado ao que não se escandaliza de mim. Que te vejamos assim, e que assim não nos escandalizemos de ti!  

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