sábado, 1 de agosto de 2015

Notações Para Uma Futura Aula Sobre Hermenêutica Bíblica ( l )


Princípios Hermenêuticos de Orígenes
Diogo Santana[1]

Resumo

Orígenes (*185 - 253+) é reconhecido como um dos fundadores da exegese bíblia do novo testamento.  O que não o excluiu de envolver-se em controvérsias doutrinárias entre seus intérpretes.  O presente trabalho  tem como objetivo expressar alguns elementos fundamentais da hermenêutica e exegese originiana, tais como sua ampliação da doutrina do logos, a justificação de uma tradição apostólica, fundamento das Escrituras  e relação entre leitor e texto.  
Palavras-chave: Orígenes, razão, tradição.

Abstract

Origen (* 185 - 253+ ) is recognized as a founder of Bible exegesis of the New Testament . What does not exclude to engage in doctrinal disputes between its interpreters . This work aims to express some fundamental elements of hermeneutics and exegesis originiana such as its expansion of the doctrine of the logos, the justification of an apostolic tradition , the foundation of Scripture and relationship between reader and text.

Keywords: Origen , reason, tradition.

Introdução

Rufino[2], tradutor de Orígenes para o latim, compreende que a filosofia possui irrevogavelmente um elemento religioso e exclusivamente cristão[3], que porém é renegado e encoberto pelos filósofos. Orígenes seria um daqueles cujo trabalho constitui em restabelecer esse elemento filosófico a quem de direito. Desse modo, argumentando que a filosofia (a portadora do logos) apenas se realiza no Cristo que é o logos em si, de modo que só há filosofia propriamente dita no cristianismo, e que o cristianismo é estritamente filosófico.
Com efeito, aqui ele discute assuntos a que os filósofos dedicaram a vida inteira sem nada resolver. Certamente o nosso autor assim o fez, na medida de suas forças, para reconduzir a fé em Deus e ao conhecimento das criaturas, o espírito religioso que, por tais sábios, se tinha extraviado na impiedade (RUFINO. 2012: 47).

Inicia seu trabalho argumentando que, considerando ser Cristo a verdade e que suas palavras ensinam os homens a viverem no bem e na felicidade (aspecto teleológico, as mesmas não se limitam a uma pessoa histórica, mas são consumadas nela[4]. É nesse aspecto que ele concebe, tal como o escritor de hebreus[5], uma razão progressiva na história da revelação, sendo essa mesma razão o próprio Cristo.
Há portanto um princípio que fundamenta a história da salvação, que é consumado em Cristo, mas que é precedente a sua pessoa histórica, como logos. É justamente no estabelecimento desses princípios, que Orígenes estabelece o seu objetivo, contra uma pluralidade de conceitos sobre a doutrina cristã.

Ora, uma vez que há muitos desacordos entre aqueles que professam a fé em Cristo, e que essas discordâncias não são só sobre questões secundárias, ou mesmo muito secundárias, mas também sobre questões importantes e às vezes de grande importância – como acerca de Deus, do Senhor Jesus Cristo, sobre o Espírito Santo, e não somente sobre eles, mas também sobre as criaturas, isto é, as Dominações, as Santas Potestades-, e por causa disso parece-nos necessário estabelecer em primeiro lugar sobre cada um desses assuntos uma diretriz certa e uma regra clara (...). Muitos gregos e bárbaros prometiam a verdade e, contudo, a partir do momento em que Cristo é o Filho de Deus e reconhecemos que era preciso aprender com ele a verdade, renunciamos a procura-la junto de todos eles, porque o que eles afirmam a esse respeito são apenas falsas opiniões (ORÍGENES. 2012: 50).

Assim como as palavras de Cristo constituem uma ordem na história (logos) até sua pessoa histórica, é posterior a ela na pregação apostólica. A obediência a esta ordem constitui uma sucessão e é o critério para o estabelecimento de uma tradição[6]. Fundamento autêntico de uma doutrina cristã. O que se deve levar em conta para Orígenes é a fidelidade ao kerigma apostólico, de geração em geração anunciado sem modificação, e que por isso mesmo, sem modificação ou erro. A ortodoxia se estabelece na reprodução de tal kerigma, isto é, das palavras de Cristo na vida da igreja. A heterodoxia por outro lado, consiste no desacordo entre as partes. 

Porém a pregação eclesiástica é preservada e transmitida desde os Apóstolos e seus sucessores, e subsiste até hoje nas Igrejas; por isso só deve ser recebida como verdadeira aquela em que não há nenhuma discordância com a tradição eclesiástica e apostólica. Eis, portanto, o que é preciso saber: quando os santos apóstolos pregaram a fé em Cristo, sobre todos os temas que consideraram necessários, transmitiram o ensinamento a todos os crentes de forma muito clara, e assim foi, mesmo para aqueles que não pareciam tão empenhados na busca do conhecimento divino; mas a tarefa de procurar as razões do que afirmavam deixaram-na àqueles que mereciam os dons eminentes do Espírito Santo, e que teriam recebido em particular pelo próprio Espírito Santo a graça da palavra, da sabedoria e do conhecimento (1Cor. 12,8). (ORÍGENES. 2012. 50-51).

Tal postura estabelece uma hermenêutica. A fidelidade ao kerigma estabelece, a princípio, tanto literalidade quanto um caráter impositivo. A fidelidade ao logos presente na história, seja posterior a Cristo ou anterior a ele, constitui a justificativa para uma unidade presente na lei, nos profetas e nos evangelhos, o que determina igualdade de autoridade na tradição. O que para Orígenes constitui uma consequência de identidade (natureza[7] e autoridade) entre Deus Pai e Deus Filho.

Dogma e Razão no Kerigma Apostólico

Embora a tarefa do kerigma apostólico seja impositivo, dogmático e positivo, suas razões por outro lado constitui uma tarefa destinada a pessoas divinamente inspiradas para isso. A partir de então, os Princípia se estabelece na fundamentação de tais razões.
Para Orígenes há elementos absolutamente certos na pregação apostólica (dogmáticos) e outros passíveis de discussão e debate. Como absolutamente certos, Orígenes distingue uma teologia e uma antropologia. Como absolutamente certo na pregação apostólica no âmbito teológico, Orígenes esclarece:
  
 As questões que a pregação apostólica nos transmitiu de maneira clara são as seguintes: em primeiro lugar, que há um só Deus, que criou e ordenou todas as coisas e que, quando ainda nada existia, fez existir todas as coisas (Hermas, Mad 1,1)[8]; que Deus depois da criação e da fundação do mundo, foi o Deus de todos os justos: de Adão, Abel, Seth, Enós, Enoque, Noé, Sem, Abraão, Issac, Jacó, dos Doze Patriarcas, de Moisés e dos Profetas, nos últimos tempos, enviou o Senhor Jesus Cristo, sem dúvida para chamar em primeiro lugar Israel, mas depois para chamar também os pagãos, depois da infidelidade do povo de Israel. Esse Deus justo e bom, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, nos deu a Lei, os Profetas e os Evangelhos, ele que é o Deus tanto dos apóstolos como do Antigo e do Novo Testamento. A questão seguinte é que Jesus Cristo, aquele que veio, nasceu do Pai antes de todas as criaturas[9]; ele estava no Pai na fundação de todas as coisas (Pr. 8,22-31; Sb 9,9), pois por ele tudo foi feito (Jo 1,3); nos últimos tempos ele se fez homem, encarnou, ele que é Deus se fez homem e se aniquilou a si mesmo (Fl 2,7) sem deixar de ser Deus; tomou um corpo semelhante ao nosso, com a única diferença que nasceu de uma virgem e do Espírito Santo. Ele, Jesus Cristo, nasceu e sofreu realmente, e não apenas em aparência, e realmente morreu, de uma morte comum; porque de fato também ressuscitou de entre os mortos, pois, tendo vivido com seus discípulos após a ressurreição foi elevado aos céus. Em terceiro lugar, os apóstolos nos transmitiram o ensinamento sobre o Espírito Santo, associado ao Pai e ao Filho em honra e dignidade; a seu respeito não se distingue claramente se o Espírito é gerado ou inato, e se também devemos considera-lo ou não como Filho de Deus, são coisas que devemos investigar na Sagrada Escritura, e, na medida das nossas forças, procura-las com perspicácia. É certo, porém, que a Igreja pregade modo muito claro que o Espírito Santo inspirou cada um dos santos, dos profetas e dos apóstolos, e que ele, o inspirador depois da vinda de Cristo, é o mesmo que inspirou os Antigos (ORÍGENES. 2012: 51-52).

É evidente um aspecto credal na teologia apontada por Orígenes como absolutamente certa na pregação apostólica. Por outro lado, há também um aspecto antropológico que se coaduna a teologia, e que Orígenes também considera como absolutamente certo no kerigma:

Depois dessas questões, vêm as das almas: dotada de inteligência e de vida próprias será tratada segundo os seus méritos depois que deixar este mundo: ou entrará na posse da vida eterna e herdará a felicidade, se seus atos assim lhe fizerem jus, ou então será entregue ao fogo eterno e aos suplícios, se aí a conduzir o peso dos seus crimes; mas chegará o tempo da ressurreição dos mortos, quando este corpo que, “está agora semeado na corrupção se levantará da incorrupção” (1 Cor 15, 42s). A pregação eclesiástica também define que toda alma racional possui livre-arbítrio e vontade, e que para ela há um combate contra o diabo e seus anjos, e contra os seus poderes adversos, que querem carregar a alma com pecados, mas que, se nós nos conduzirmos para uma vida reta e prudente, conseguiremos nos livrar dessa mancha. Portanto, é preciso entender que não estamos submetidos à necessidade a ponto de ser constrangidos de qualquer modo, mesmo quando não o queremos, a fazer o bem, ou o mal. De fato, se assumimos o nosso livre-arbítrio, por mais que certos poderes nos ataquem para nos conduzir ao pecado, e outros para nos ajudar na salvação, nem por isso somos obrigados a agir bem, ou mal (...). A origem da alma, porém, não está claramente definida na pregação apostólica: ou é transmitida pelo sêmen, uma vez que a sua própria existência racional, ou substância, está inserida nas sementes corporais, ou se tem outro início, e se esse princípio é gerado ou não; ou se está nos corpos vindo do exterior, ou não (ORÍGENES. 2012. 52-53).
Essa distinção entre o absolutamente certo (o dogma) e o que circunstancialmente exige uma elucidação maior, determina segundo Orígenes ordens de leitura e interpretação das Escrituras.

Inspiração e Interpretação das Escrituras

Segundo Orígenes a Escritura estabelece o seu próprio método, pois, “o método que se nos mostra impor-se no estudo das Escrituras e da compreensão de seu sentido é este, que já está indicado nas próprias Escrituras[10]. Esse método, que confere unidade entre a lei, os profetas e os apóstolos, entre o velho e novo testamentos, é o próprio Cristo. 

É preciso dizer que a inspiração divina das palavras proféticas e a natureza espiritual da Lei de Moisés resplandeceram com a vinda de Jesus. Antes da vinda de Cristo, a inspiração divina das antigas Escrituras não era fácil de demonstrar com evidência; mas a vinda de Jesus levou aqueles que podiam supor que a Lei e os profetas não eram divinos a constatar com evidência que eles tinham sido escritos com o auxilio de uma graça celeste (ORÍGENES. 2012. 288).

O que se deve levar em consideração é que para Orígenes, a Lei e os Profetas exaustivamente se referem a pessoa histórica, Jesus de Nazaré, como messias e salvador do mundo[11]. Mas não apenas isto, a Lei e os profetas não apenas falam do Cristo, mas o próprio Cristo, antecedendo sua encarnação na história está na Lei e nos profetas, como logos, razão universal que se estabelece na história e na consciência dos homens[12].
Há entretanto, uma gradação entre a compreensão humana e sua aproximação ao sentido espiritual das Escrituras. Assim como o homem é constituído de corpo, alma e espírito, de igual maneira a Escritura é constituída de ordens pelo qual sua interpretação é possível: literal ou imediata, psíquica ou moral e espiritual ou mística. Uma leitura em seu contexto passado, presente e futuro.
É preciso, portanto, inscrever três vezes na própria alma os pensamentos das Escrituras santas: quem é mais simples a fim de que seja edificado pelo que é como que a carne da Escritura – assim chamamos o sentido imediato; o que ascendeu um pouco que o seja pelo que é como que a alma; mas o perfeito, o seja pela lei espiritual, que contêm uma sombra dos bens que hão de vir (...)” (ORÍGENES. 2012. 294).
O sentido corporal das Escrituras compreende o histórico ou literal. O sentido psíquico compreende o moral:
Como exemplo de uma interpretação relacionada a alma, pode-se citar a passagem de Paulo  na primeira Carta aos Coríntios: “Está escrito: não porás focinheira no boi que debulha o grão” (1 Cor 9,9; Dt 25,4). A seguir, para explicar essa norma, ele acrescente: “Deus preocupa-se com os bois? Ou será que ele diz isso só para nós? Para nós é que foi escrito, porque aquele que lavra deve lavrar na esperança, e naquele que debulha o grão tem esperança de obter a sua parte” (1Cor. 9,10)[13].

O sentido espiritual, porém, “é para aquele que pode mostrar quais são as realidades celestes das quais se encontram os símbolos e as sombras no culto dos judeus segunda a carne e quais são os bens que hão de vir e dos quais a Lei possui a sombra”[14].
É certo que para Orígenes, as Escrituras possuem uma natureza e finalidade espiritual. De aproximação dos homens com o Cristo. Esse é o motivo pelo qual ela foi instituída. Contudo, o estabelecimento de tal finalidade também leva em conta a capacidade de compreensão de cada um[15]. Orígenes não é um adepto do puro literalismo, pelo contrário. Considera que há no literalismo aspectos inviáveis em seu aspecto histórico. O mesmo considera no âmbito moral. Entretanto, a descrição de uma estória, assim como a instituição de uma norma moral inviável, apenas insinuam o seu aspecto simbólico, pois, “penso que não se pode duvidar de que tudo isso, exposto numa estória que parece que aconteceu, mas não aconteceu corporalmente, indica certos mistérios”[16].   
Devemos também saber que, uma vez que a finalidade principal é apresentar a coerência das realidades espirituais por meio dos acontecimentos que se produziram e das ações que devem ser feitas, onde a Palavra encontra que os fatos históricos poderiam se harmonizar com as realidades místicas, ela se serviu deles para esconder a quase todos o sentido mais profundo. Onde, pela exposição da lógica das realidades inteligíveis, a ação de tal ou qual, antes descrita, não concordava com ela por causa dos significados mais místicos, a Escritura teceu no relato aquilo que não se passou, ou porque isso não poderia ter se passado, ou porque isso poderia ter acontecido, mas não aconteceu[17].
Dissemos tudo isso para mostrar que a finalidade fixada pelo poder divino que nos deu as santas Escrituras não é compreender somente o que a letra apresenta, pois às vezes o que é tomado à letra não é verdade, e chega a ser incoerente e incompreensível; mas que certas coisas foram entretecidas na trama da história que aconteceu e da legislação que é útil em sentido literal.  Porém, ninguém suspeite, generalizando, que dizemos que nada é história porque alguns acontecimentos não aconteceram, e que nenhuma legislação é para cumprir à letra só porque algumas determinações não são razoáveis, e são impossíveis; e que o que se diz do Salvador não é verdade no seu significado sensível, ou que não se deve cumprir os seus mandamentos e preceitos[18].

Conclusão
O logos na história, estabelece uma tradição, e nesse aspecto uma ortodoxia no que se refere aos ensinamentos de Cristo através da pregação apostólica, e portanto, um método pelo qual toda doutrina pode ser avaliada. Por outro lado, Orígenes não desconsidera a figura do leitor do texto bíblico: sua leitura (compreensão do texto) é própria a uma determinada forma de aproximação histórica, moral ou espiritual. A importância que concede ao leitor é fundamentada. A bíblia é por essência um livro espiritual e apenas pode ser lida adequadamente como tal[19] e em sintonia com a pregação apostólica estabelecida na Tradição. Por outro lado, deve-se considerar que a intensão do leitor que se aproxima das Escrituras, tanto falsifica sua adequada compreensão (estabelecendo uma heresia) quanto é motivada por uma aproximação superficial, e que por isso, ainda sim, é necessária, mas provisória. Há desse modo o estabelecimento de uma hermenêutica dialética, que por outro lado não está destacado de um conhecimento absolutamente certo, ortodoxo. Onde é possível conhecer o Cristo e sua doutrina a partir de suas possibilidades.     

Bibliografia

ORÍGENES. Tratado Sobre os Princípios. Ed. Paulus. 2012.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Ed. Paulus


[1] Diogo Santana é graduando em filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Email: diogosantana45@yahoo.com.br.
[2] Rufino...
[3] Essa relação entre o cristianismo e filosofia, entre Jerusalém e a Grécia, constitui um argumento comum na tradição patrística. Dentre eles, Clemente de Alexandria.
[4] De maneira que antes mesmo de Cristo, a verdade, o bem e a felicidade já eram valores buscados pelos homens.
[5] O prólogo do livro de hebreus justifica tal afirmação:  Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles (Cf. Hb. 1. 1-4).

[6] Uma ordem que encarnada na história, torna o final idêntico ao seu início. Sendo assim, o logos entra na história, progredindo até sua plena encarnação em Cristo. Cristo é a consumação da história da salvação, e a partir dele a história sofre uma inflexão em direção ao seu início no Éden, e deste a Deus. Essa inflexão é levada a curso através da pregação apostólica e da tradição a ela. É por isso que a tradição também se vincula a um retorno à origem, que é Deus, e onde todos serão tudo em Deus. Fundamento pelo qual Orígenes irá defender a doutrina da apocatástese, o seu seja da restauração universal de todas as coisas.   
[7] Que Orígenes denomina substância.
[8] O Pastor de Hermas..
[9] O que não justifica, segundo Orígenes que o Filho é precedente ao Pai
[10] ORÍGENES. Tratado Sobre os Princípios. Pág. 294. Ed. Paulus. 2012. 
[11] Elemento característico de toda a teologia paulina.
[12] Desse modo, para Orígenes, todo ser racional, por conta de sua razão, procura o bem e a felicidade. Esse aspecto teleológico da razão outra coisa não é senão o logos divino que lhe exige obediência as leis de Deus.
[13] Pág. 296.
[14] Pág. 296.
[15] Algo que remete consideravelmente a concepção existencial.
[16] Pág. 301.
[17] Pág. 300.
[18] Pág. 304.
[19] A espiritualização do texto é oriunda do esquecimento de seu horizonte histórico. Contudo, para Orígenes determinadas construções históricas do texto bíblico são inverossímeis, deixando claro, uma outra intensão, além da literal.

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