Princípios Hermenêuticos de Orígenes
Diogo
Santana[1]
Resumo
Orígenes
(*185 - 253+) é reconhecido como um dos fundadores da exegese bíblia do novo
testamento. O que não o excluiu de
envolver-se em controvérsias doutrinárias entre seus intérpretes. O presente trabalho tem como objetivo expressar alguns elementos
fundamentais da hermenêutica e exegese originiana, tais como sua ampliação da
doutrina do logos, a justificação de uma tradição apostólica, fundamento das
Escrituras e relação entre leitor e
texto.
Palavras-chave:
Orígenes, razão, tradição.
Abstract
Origen (* 185 -
253+ ) is recognized as a founder of Bible exegesis of the New Testament . What
does not exclude to engage in doctrinal disputes between its interpreters .
This work aims to express some fundamental elements of hermeneutics and
exegesis originiana such as its expansion of the doctrine of the logos, the
justification of an apostolic tradition , the foundation of Scripture and
relationship between reader and text.
Keywords: Origen , reason, tradition.
Introdução
Rufino[2],
tradutor de Orígenes para o latim, compreende que a filosofia possui
irrevogavelmente um elemento religioso e exclusivamente cristão[3],
que porém é renegado e encoberto pelos filósofos. Orígenes seria um daqueles
cujo trabalho constitui em restabelecer esse elemento filosófico a quem de direito.
Desse modo, argumentando que a filosofia (a portadora do logos) apenas se realiza no Cristo que é o logos em si, de modo que só há filosofia propriamente dita no
cristianismo, e que o cristianismo é estritamente filosófico.
Com
efeito, aqui ele discute assuntos a que os filósofos dedicaram a vida inteira
sem nada resolver. Certamente o nosso autor assim o fez, na medida de suas
forças, para reconduzir a fé em Deus e ao conhecimento das criaturas, o
espírito religioso que, por tais sábios, se tinha extraviado na impiedade
(RUFINO. 2012: 47).
Inicia
seu trabalho argumentando que, considerando ser Cristo a verdade e que suas
palavras ensinam os homens a viverem no bem e na felicidade (aspecto
teleológico, as mesmas não se limitam a uma pessoa histórica, mas são
consumadas nela[4].
É nesse aspecto que ele concebe, tal como o escritor de hebreus[5],
uma razão progressiva na história da revelação, sendo essa mesma razão o
próprio Cristo.
Há
portanto um princípio que fundamenta a história da salvação, que é consumado em
Cristo, mas que é precedente a sua pessoa histórica, como logos. É justamente no estabelecimento desses princípios, que
Orígenes estabelece o seu objetivo, contra uma pluralidade de conceitos sobre a
doutrina cristã.
Ora,
uma vez que há muitos desacordos entre aqueles que professam a fé em Cristo, e
que essas discordâncias não são só sobre questões secundárias, ou mesmo muito
secundárias, mas também sobre questões importantes e às vezes de grande
importância – como acerca de Deus, do Senhor Jesus Cristo, sobre o Espírito
Santo, e não somente sobre eles, mas também sobre as criaturas, isto é, as
Dominações, as Santas Potestades-, e por causa disso parece-nos necessário
estabelecer em primeiro lugar sobre cada um desses assuntos uma diretriz certa
e uma regra clara (...). Muitos gregos e bárbaros prometiam a verdade e,
contudo, a partir do momento em que Cristo é o Filho de Deus e reconhecemos que
era preciso aprender com ele a verdade, renunciamos a procura-la junto de todos
eles, porque o que eles afirmam a esse respeito são apenas falsas opiniões
(ORÍGENES. 2012: 50).
Assim
como as palavras de Cristo constituem uma ordem na história (logos) até sua
pessoa histórica, é posterior a ela na pregação apostólica. A obediência a esta
ordem constitui uma sucessão e é o critério para o estabelecimento de uma
tradição[6].
Fundamento autêntico de uma doutrina cristã. O que se deve levar em conta para
Orígenes é a fidelidade ao kerigma
apostólico, de geração em geração anunciado sem modificação, e que por isso
mesmo, sem modificação ou erro. A ortodoxia se estabelece na reprodução de tal kerigma, isto é, das palavras de Cristo
na vida da igreja. A heterodoxia por outro lado, consiste no desacordo entre as
partes.
Porém
a pregação eclesiástica é preservada e transmitida desde os Apóstolos e seus
sucessores, e subsiste até hoje nas Igrejas; por isso só deve ser recebida como
verdadeira aquela em que não há nenhuma discordância com a tradição
eclesiástica e apostólica. Eis, portanto, o que é preciso saber: quando os
santos apóstolos pregaram a fé em Cristo, sobre todos os temas que consideraram
necessários, transmitiram o ensinamento a todos os crentes de forma muito
clara, e assim foi, mesmo para aqueles que não pareciam tão empenhados na busca
do conhecimento divino; mas a tarefa de procurar as razões do que afirmavam
deixaram-na àqueles que mereciam os dons eminentes do Espírito Santo, e que
teriam recebido em particular pelo próprio Espírito Santo a graça da palavra,
da sabedoria e do conhecimento (1Cor. 12,8). (ORÍGENES. 2012. 50-51).
Tal
postura estabelece uma hermenêutica. A fidelidade ao kerigma estabelece, a princípio, tanto literalidade quanto um
caráter impositivo. A fidelidade ao logos presente na história, seja posterior
a Cristo ou anterior a ele, constitui a justificativa para uma unidade presente
na lei, nos profetas e nos evangelhos, o que determina igualdade de autoridade
na tradição. O que para Orígenes constitui uma consequência de identidade
(natureza[7] e
autoridade) entre Deus Pai e Deus Filho.
Dogma e Razão no Kerigma Apostólico
Embora
a tarefa do kerigma apostólico seja
impositivo, dogmático e positivo, suas razões por outro lado constitui uma
tarefa destinada a pessoas divinamente inspiradas para isso. A partir de então,
os Princípia se estabelece na
fundamentação de tais razões.
Para
Orígenes há elementos absolutamente certos na pregação apostólica (dogmáticos)
e outros passíveis de discussão e debate. Como absolutamente certos, Orígenes
distingue uma teologia e uma antropologia. Como absolutamente certo na pregação
apostólica no âmbito teológico, Orígenes esclarece:
As questões que a
pregação apostólica nos transmitiu de maneira clara são as seguintes: em
primeiro lugar, que há um só Deus, que criou e ordenou todas as coisas e que,
quando ainda nada existia, fez existir todas as coisas (Hermas, Mad 1,1)[8];
que Deus depois da criação e da fundação do mundo, foi o Deus de todos os
justos: de Adão, Abel, Seth, Enós, Enoque, Noé, Sem, Abraão, Issac, Jacó, dos
Doze Patriarcas, de Moisés e dos Profetas, nos últimos tempos, enviou o Senhor
Jesus Cristo, sem dúvida para chamar em primeiro lugar Israel, mas depois para
chamar também os pagãos, depois da infidelidade do povo de Israel. Esse Deus
justo e bom, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, nos deu a Lei, os Profetas e os
Evangelhos, ele que é o Deus tanto dos apóstolos como do Antigo e do Novo
Testamento. A questão seguinte é que Jesus Cristo, aquele que veio, nasceu do
Pai antes de todas as criaturas[9];
ele estava no Pai na fundação de todas as coisas (Pr. 8,22-31; Sb 9,9), pois
por ele tudo foi feito (Jo 1,3); nos últimos tempos ele se fez homem, encarnou,
ele que é Deus se fez homem e se aniquilou a si mesmo (Fl 2,7) sem deixar de
ser Deus; tomou um corpo semelhante ao nosso, com a única diferença que nasceu
de uma virgem e do Espírito Santo. Ele, Jesus Cristo, nasceu e sofreu
realmente, e não apenas em aparência, e realmente morreu, de uma morte comum;
porque de fato também ressuscitou de entre os mortos, pois, tendo vivido com
seus discípulos após a ressurreição foi elevado aos céus. Em terceiro lugar, os
apóstolos nos transmitiram o ensinamento sobre o Espírito Santo, associado ao
Pai e ao Filho em honra e dignidade; a seu respeito não se distingue claramente
se o Espírito é gerado ou inato, e se também devemos considera-lo ou não como
Filho de Deus, são coisas que devemos investigar na Sagrada Escritura, e, na
medida das nossas forças, procura-las com perspicácia. É certo, porém, que a
Igreja pregade modo muito claro que o Espírito Santo inspirou cada um dos
santos, dos profetas e dos apóstolos, e que ele, o inspirador depois da vinda
de Cristo, é o mesmo que inspirou os Antigos (ORÍGENES. 2012: 51-52).
É
evidente um aspecto credal na teologia apontada por Orígenes como absolutamente
certa na pregação apostólica. Por outro lado, há também um aspecto antropológico
que se coaduna a teologia, e que Orígenes também considera como absolutamente
certo no kerigma:
Depois
dessas questões, vêm as das almas: dotada de inteligência e de vida próprias
será tratada segundo os seus méritos depois que deixar este mundo: ou entrará
na posse da vida eterna e herdará a felicidade, se seus atos assim lhe fizerem
jus, ou então será entregue ao fogo eterno e aos suplícios, se aí a conduzir o
peso dos seus crimes; mas chegará o tempo da ressurreição dos mortos, quando
este corpo que, “está agora semeado na corrupção se levantará da incorrupção”
(1 Cor 15, 42s). A pregação eclesiástica também define que toda alma racional
possui livre-arbítrio e vontade, e que para ela há um combate contra o diabo e
seus anjos, e contra os seus poderes adversos, que querem carregar a alma com
pecados, mas que, se nós nos conduzirmos para uma vida reta e prudente,
conseguiremos nos livrar dessa mancha. Portanto, é preciso entender que não
estamos submetidos à necessidade a ponto de ser constrangidos de qualquer modo,
mesmo quando não o queremos, a fazer o bem, ou o mal. De fato, se assumimos o
nosso livre-arbítrio, por mais que certos poderes nos ataquem para nos conduzir
ao pecado, e outros para nos ajudar na salvação, nem por isso somos obrigados a
agir bem, ou mal (...). A origem da alma, porém, não está claramente definida
na pregação apostólica: ou é transmitida pelo sêmen, uma vez que a sua própria
existência racional, ou substância, está inserida nas sementes corporais, ou se
tem outro início, e se esse princípio é gerado ou não; ou se está nos corpos
vindo do exterior, ou não (ORÍGENES. 2012. 52-53).
Essa
distinção entre o absolutamente certo (o dogma) e o que circunstancialmente
exige uma elucidação maior, determina segundo Orígenes ordens de leitura e
interpretação das Escrituras.
Inspiração e Interpretação das
Escrituras
Segundo
Orígenes a Escritura estabelece o seu próprio método, pois, “o método que se nos mostra impor-se no
estudo das Escrituras e da compreensão de seu sentido é este, que já está
indicado nas próprias Escrituras”[10].
Esse método, que confere unidade entre a lei, os profetas e os apóstolos, entre
o velho e novo testamentos, é o próprio Cristo.
É
preciso dizer que a inspiração divina das palavras proféticas e a natureza
espiritual da Lei de Moisés resplandeceram com a vinda de Jesus. Antes da vinda
de Cristo, a inspiração divina das antigas Escrituras não era fácil de demonstrar
com evidência; mas a vinda de Jesus levou aqueles que podiam supor que a Lei e
os profetas não eram divinos a constatar com evidência que eles tinham sido
escritos com o auxilio de uma graça celeste (ORÍGENES. 2012. 288).
O
que se deve levar em consideração é que para Orígenes, a Lei e os Profetas
exaustivamente se referem a pessoa histórica, Jesus de Nazaré, como messias e
salvador do mundo[11].
Mas não apenas isto, a Lei e os profetas não apenas falam do Cristo, mas o
próprio Cristo, antecedendo sua encarnação na história está na Lei e nos
profetas, como logos, razão universal que se estabelece na história e na
consciência dos homens[12].
Há
entretanto, uma gradação entre a compreensão humana e sua aproximação ao
sentido espiritual das Escrituras. Assim como o homem é constituído de corpo,
alma e espírito, de igual maneira a Escritura é constituída de ordens pelo qual
sua interpretação é possível: literal ou imediata, psíquica ou moral e
espiritual ou mística. Uma leitura em seu contexto passado, presente e futuro.
É
preciso, portanto, inscrever três vezes na própria alma os pensamentos das
Escrituras santas: quem é mais simples a fim de que seja edificado pelo que é
como que a carne da Escritura – assim chamamos o sentido imediato; o que
ascendeu um pouco que o seja pelo que é como que a alma; mas o perfeito, o seja
pela lei espiritual, que contêm uma sombra dos bens que hão de vir (...)”
(ORÍGENES. 2012. 294).
O
sentido corporal das Escrituras compreende o histórico ou literal. O sentido
psíquico compreende o moral:
Como
exemplo de uma interpretação relacionada a alma, pode-se citar a passagem de
Paulo na primeira Carta aos Coríntios:
“Está escrito: não porás focinheira no boi que debulha o grão” (1 Cor 9,9; Dt
25,4). A seguir, para explicar essa norma, ele acrescente: “Deus preocupa-se
com os bois? Ou será que ele diz isso só para nós? Para nós é que foi escrito,
porque aquele que lavra deve lavrar na esperança, e naquele que debulha o grão
tem esperança de obter a sua parte” (1Cor. 9,10)[13].
O
sentido espiritual, porém, “é para aquele
que pode mostrar quais são as realidades celestes das quais se encontram os
símbolos e as sombras no culto dos judeus segunda a carne e quais são os bens
que hão de vir e dos quais a Lei possui a sombra”[14].
É
certo que para Orígenes, as Escrituras possuem uma natureza e finalidade
espiritual. De aproximação dos homens com o Cristo. Esse é o motivo pelo qual
ela foi instituída. Contudo, o estabelecimento de tal finalidade também leva em
conta a capacidade de compreensão de cada um[15].
Orígenes não é um adepto do puro literalismo, pelo contrário. Considera que há no
literalismo aspectos inviáveis em seu aspecto histórico. O mesmo considera no
âmbito moral. Entretanto, a descrição de uma estória, assim como a instituição
de uma norma moral inviável, apenas insinuam o seu aspecto simbólico, pois, “penso que não se pode duvidar de que tudo
isso, exposto numa estória que parece que aconteceu, mas não aconteceu
corporalmente, indica certos mistérios”[16].
Devemos
também saber que, uma vez que a finalidade principal é apresentar a coerência
das realidades espirituais por meio dos acontecimentos que se produziram e das
ações que devem ser feitas, onde a Palavra encontra que os fatos históricos
poderiam se harmonizar com as realidades místicas, ela se serviu deles para
esconder a quase todos o sentido mais profundo. Onde, pela exposição da lógica
das realidades inteligíveis, a ação de tal ou qual, antes descrita, não
concordava com ela por causa dos significados mais místicos, a Escritura teceu
no relato aquilo que não se passou, ou porque isso não poderia ter se passado,
ou porque isso poderia ter acontecido, mas não aconteceu[17].
Dissemos
tudo isso para mostrar que a finalidade fixada pelo poder divino que nos deu as
santas Escrituras não é compreender somente o que a letra apresenta, pois às
vezes o que é tomado à letra não é verdade, e chega a ser incoerente e incompreensível;
mas que certas coisas foram entretecidas na trama da história que aconteceu e
da legislação que é útil em sentido literal.
Porém, ninguém suspeite, generalizando, que dizemos que nada é história
porque alguns acontecimentos não aconteceram, e que nenhuma legislação é para
cumprir à letra só porque algumas determinações não são razoáveis, e são
impossíveis; e que o que se diz do Salvador não é verdade no seu significado
sensível, ou que não se deve cumprir os seus mandamentos e preceitos[18].
Conclusão
O
logos na história, estabelece uma tradição, e nesse aspecto uma ortodoxia no
que se refere aos ensinamentos de Cristo através da pregação apostólica, e
portanto, um método pelo qual toda doutrina pode ser avaliada. Por outro lado,
Orígenes não desconsidera a figura do leitor do texto bíblico: sua leitura
(compreensão do texto) é própria a uma determinada forma de aproximação
histórica, moral ou espiritual. A importância que concede ao leitor é
fundamentada. A bíblia é por essência um livro espiritual e apenas pode ser
lida adequadamente como tal[19] e
em sintonia com a pregação apostólica estabelecida na Tradição. Por outro lado,
deve-se considerar que a intensão do leitor que se aproxima das Escrituras,
tanto falsifica sua adequada compreensão (estabelecendo uma heresia) quanto é
motivada por uma aproximação superficial, e que por isso, ainda sim, é
necessária, mas provisória. Há desse modo o estabelecimento de uma hermenêutica
dialética, que por outro lado não está destacado de um conhecimento absolutamente
certo, ortodoxo. Onde é possível conhecer o Cristo e sua doutrina a partir de
suas possibilidades.
Bibliografia
ORÍGENES.
Tratado Sobre os Princípios. Ed. Paulus. 2012.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. Ed. Paulus
[1]
Diogo Santana é graduando em filosofia pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Email: diogosantana45@yahoo.com.br.
[2] Rufino...
[3] Essa
relação entre o cristianismo e filosofia, entre Jerusalém e a Grécia, constitui
um argumento comum na tradição patrística. Dentre eles, Clemente de Alexandria.
[4] De
maneira que antes mesmo de Cristo, a verdade, o bem e a felicidade já eram
valores buscados pelos homens.
[5]
O prólogo do livro de hebreus justifica tal afirmação: Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo
Filho, A quem constituiu herdeiro
de tudo, por quem fez também o mundo. O
qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si
mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas
alturas; Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais
excelente nome do que eles (Cf. Hb. 1. 1-4).
[6]
Uma ordem que encarnada na história, torna o final idêntico ao seu início.
Sendo assim, o logos entra na história, progredindo até sua plena encarnação em
Cristo. Cristo é a consumação da história da salvação, e a partir dele a
história sofre uma inflexão em direção ao seu início no Éden, e deste a Deus.
Essa inflexão é levada a curso através da pregação apostólica e da tradição a
ela. É por isso que a tradição também se vincula a um retorno à origem, que é
Deus, e onde todos serão tudo em Deus. Fundamento pelo qual Orígenes irá
defender a doutrina da apocatástese, o seu seja da restauração universal de
todas as coisas.
[7]
Que Orígenes denomina substância.
[8] O
Pastor de Hermas..
[9] O
que não justifica, segundo Orígenes que o Filho é precedente ao Pai
[10]
ORÍGENES. Tratado Sobre os Princípios. Pág. 294. Ed. Paulus. 2012.
[11]
Elemento característico de toda a teologia paulina.
[12]
Desse modo, para Orígenes, todo ser racional, por conta de sua razão, procura o
bem e a felicidade. Esse aspecto teleológico da razão outra coisa não é senão o
logos divino que lhe exige obediência as leis de Deus.
[13]
Pág. 296.
[14]
Pág. 296.
[15]
Algo que remete consideravelmente a concepção existencial.
[16]
Pág. 301.
[17]
Pág. 300.
[18]
Pág. 304.
[19]
A espiritualização do texto é oriunda do esquecimento de seu horizonte
histórico. Contudo, para Orígenes determinadas construções históricas do texto
bíblico são inverossímeis, deixando claro, uma outra intensão, além da literal.
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