A
Encarnação do Verbo Segundo Atanásio
Diogo Santana[1]
Resumo
É
reconhecido no dogma da encarnação uma das mais contundentes justificativas
para uma doutrina cristã. A encarnação formaliza as bases para uma infinidade
de outros dogmas, dentre elas, a natureza de Jesus, sua filiação divina, seu
propósito soteriológico e escatológico.
A Instituição da Idolatria
Em
seu livro Refutação da Idolatria,
Atanásio fundamenta toda sua argumentação na identidade entre criador e
criatura, na filiação divina entre Deus e o homem.
Por
sua semelhança com ele, o tornou capaz de contemplar e conhecer os seres,
deu-lhe a idéia e o conhecimento de sua própria eternidade, a fim de que,
conservando a sua integridade, o homem não mais se afaste do pensamento de Deus
e não se distancie da comunidade dos santos, mas que, conservando a graça que
recebeu de Deus, conservando também o próprio poder que lhe vem do verbo do
Pai, ele viva, na alegria e na intimidade com Deus, uma vida sem inquietude e
verdadeiramente feliz, uma vida imortal (47).
Essa
identidade constitui uma unidade, que Atanásio identifica na imortalidade, na
intimidade com Deus e na comunidade com os santos. O homem originalmente está
integrado à toda a criação, e como emana de Deus é eterno com ele. O conceito
de pecado, em Atanásio, constitui o drama cósmico de desarticulação ontológica
entre o homem, Deus e toda a criação. Sendo assim, a unidade cede à
pluralidade, o espírito cede ao sensível, o eterno ao que é transitório e
imediato.
Mas
os homens, negligenciando as realidades superiores e lentos para compreende-las,
procuraram de preferência aquelas que estavam mais próximas deles. Ora, o que
está mais próximo, é o corpo e seus sentidos: assim desviavam o seu espírito
dos inteligíveis e se olharam para se considerarem eles próprios.
Considerando-se a si próprios, apegando-se aos seus corpos e às outras coisas
sensíveis, e enganando-se, por assim dizer, na sua própria causa, chegaram a se
desejar a si próprios, preferindo o seu próprio bem à contemplação das
realidades divinas. Eles permaneceram aí, recusando a se afastar dos prazeres
imediatos, aprisionaram a sua alma nas volúpias corporais que a deixaram
perturbada e enlameada em toda a espécie
de desejos; porque eles haviam completamente esquecido o poder que no
início tinham recebido de Deus (49)
Desarticulado
do mundo e de Deus, mas ainda neles. Essa é a condição desesperadora de uma
humanidade que para garantir algum sentido em viver, torna absoluto o que é
relativo, e por isso, vive radicalmente suas paixões. Essa é segundo Atanásio,
a origem da idolatria. Sendo porém de origem ontológica, é inevitável que para
o teólogo, todo homem seja naturalmente e universalmente um idólatra. Tornar
absoluto o que é relativo, uno ao que é múltiplo, fazer do espiritual o que é
sensível, isto é para Atanásio, criar um ídolo. Confusão de categorias.
Assim,
repleta de todas as espécies de desejo carnais e perturbada pela falsa opinião
que forma para si própria, conclui por imaginar segundo as coisas corporais e
sensíveis a Deus de cujo pensamento esqueceu, e dá às aparências o nome de
Deus; só aprecia o que quere tem como agradável. É então o mal que é a causa e
o princípio da idolatria (56).
A
partir de tal constatação, se propõe a determinar as formas pelos quais a
idolatria se manifesta em sua complexidade: adoração da natureza, de seres híbridos,
dos deuses e dos próprios desejos humanos. Sendo toda idolatria, uma confusão
de categorias, o que Atanásio faz é restabelecer argumentativamente a condição
de relativo, múltiplo e sensível dos seres antes divinizados. Nesse aspecto,
sua teologia não difere em nada de uma proposta de laicização[2].
A
forma mais rudimentar de idolatria consiste na veneração dos entes naturais:
O
espírito humano apenas começara a se afastar de Deus, quando os homens
mergulhando nos seus pensamentos e raciocínios, renderam as honras divinas
primeiramente ao firmamento, ao sol, à lua e aos astros, consideraram-nos não
apenas como deuses, mas como a causa de todos os outros seres que viam entre
eles. Depois continuaram a descer em seus tenebrosos raciocínios chamaram
deuses o éter, o ar e os seres aéreos. Progredindo ainda no mal, cantaram como
deuses os elementos e os princípios da constituição dos corpos, o quente e o
frio, o seco e o úmido (57).
Outra
espécie de idolatria consiste na veneração reificada de seres andrógenos, entre
homens e animais:
Porque alguns desceram
tão baixo em seus pensamentos e obscureceram de tal modo o seu espírito, que
inventaram seres que absolutamente não existem e que não se veem na criação,
para fazer deles deuses. Misturando os seres racionais aos seres desprovidos de
razão, e ligando juntamente naturezas diferentes, honram-nos como deuses: tais
são entre os egípcios, os deuses de cabeça de cão, de serpente ou de burro, e
entre os líbios Amon, o deus de cabeça de carneiro (57-58).
Tal
como numa progressão, chega-se aos desejos humano, pois “outros,
indo mais longe em sua impiedade, divinizaram o que fora o pretexto de sua
invenção e de sua maldade, o prazer e o desejo, e eles os adoram: tais são
entre eles o Eros, e o Afrodite de Pafos” (58). Por fim, a reificação dos
desejos, inevitavelmente estabelece a divinização do próprio homem. Contudo,
segundo Atanásio, os deuses nada mais são do que homens divinizados por
poderosos (nobres em sua maioria), estabelecendo sua devoção pública por meio
de leis, que com o tempo, se adequam ao costume cultural:
Alguns,
como se quisessem rivalizar com os mais perversos, tiveram a audácia de pôr na
fileira dos deuses os príncipes e seus filhos, seja por veneração para com
estes príncipes, seja por medo de sua tirania; assim entre os gregos o célebre
Zeus de Creta, e Hermes na Arcádia, entre os indianos Dionísios, entre os
egípcios Ísis, Osíris e Horo, e nos nossos dias Antinou, o favorito do
imperador romano Adriano; eles sabem bem que era homem, e homem pouco
respeitável, e cheio de libertinagens, e portanto eles o veneram por medo do
chefe (58).
A
saudade de quem amamos também é um instrumento para a criação de deidades:
Um
pai aflito por um luto prematuro mandou fazer a imagem do filho que tão cedo
lhe tinha sido arrebatado, e este ser
humano que estava morto, ele o honra como se estivesse vivo e transmitiu aos
seus servos mistérios e iniciações. Em seguida, este costume ímpio, firmando-se
com o tempo, foi observado como lei (61).
Por
fim, estabelece a contestação, porém, seguindo a ordem inversa no qual fora
exposta anteriormente. Os deuses nada mais são do que homens divinizados, mas
não qualquer homem, mas sim, os mais imorais dentre eles:
Verdadeiramente
é justo considera-lo como Deus, um ser que cometeu tão grandes crimes, e que é
acusado de coisas que até as leis comuns dos romanos não permitiam aos que são
homens? Visto que seus crimes são tão numerosos não evocarei senão alguns entre
muitos outros. Vendo-o seduzir criminosamente Semele, Leda, Alcmene, Ártemis,
Leto, Maia, Europa, Danae, Antíope, ; e vendo os seus empreendimentos
audaciosos a respeito de sua própria mulher, quem não zombaria dele e não o
condenaria a morte? E não somente ele cometeu adultérios, mas elevou à classe
dos deuses as crianças nascidas de seus adultérios, procurando velar os seus
crimes sob a aparência desta divinização: tais são os Dioninos, Héracles, os
Dióscuros, Hermes, Perseu e Soteira (...) quem não condenaria a sua natureza e
não recusaria dizer que ainda são deuses? E sabendo que são corruptíveis e
passíveis, avaliaria que são apenas homens, e homens fracos e admiraria os que
os feriram mais que os próprios feridos (63-64).
Os
deuses, por serem homens e homens sem virtude, tornam-se paradigmas éticos para
toda uma cultura, que para Atanásio corresponde a um risco social:
Eis
o que fazem, e outras coisas do mesmo gênero e por este meio reconhecem e
demonstram que os seus supostos deuses levaram a mesma vida. É de Zeus que eles
aprendem a pederastia e o adultério, de Afrodite a prostituição, de Rhéa a
impudícia, de Ares os homicídios, e de outros, crimes do mesmo gênero que as
leis punem e que todo homem sábio evita. Os que fazem isso são dignos de estar
na categoria dos deuses, e não seria mais necessário, por causa da imoralidade
da sua conduta, os considerar menos racionais que os animais sem razão? (82).
Contestando
a divinização dos homens, Atanásio se propõe a contestar a divinização da
natureza. O argumento principal consiste na afirmação de que a divinização da
natureza implica a autonomia de cada fenômeno natural em relação ao restante do
meio, e assim sendo , ao caos absoluto, o que é inverossímil com a realidade:
Esses
pretensos sábios se afastam dele para adorar e divinizar a criação que é sua
obra que ela mesma adora o Senhor que eles negam por causa dela. Eles ficam
assim de boca escancarada perante os elementos da natureza e pensam que são
deuses; mas poder-se-ia facilmente confundi-los mostrando-lhes que estes mesmos
elementos têm necessidade uns dos outros, e que fazem conhecer e manifestam o
seu Senhor e criador, o Pai do verbo, pela ordem absoluta de sua obediência
para com ele (84).
A
ordem presente no Cosmos implica uma dependência mútua entre os fenômenos
naturais, e desta, uma ordem fundada por uma mesma intensão, consciência e ser,
por um mesmo Deus.
A Encarnação do Verbo
A
refutação do politeísmo em Atanásio estabelece uma defesa do monoteísmo cristão
(trinitário). A contestação do que não é Deus, a uma defesa de quem Deus seria.
Sendo o pecado do ponto de vista ontológico uma confusão de termos, e
inevitavelmente a um equívoco a respeito de quem é Deus (idolatria), Atanásio
se propõe a uma reabilitação dessas categorias a fim de justificar como estas
se relacionam adequadamente a fim de determinar a encarnação. A encarnação
seria a adequada relação entre as categorias do tempo e da eternidade, do
finito e do infinito, do absoluto e do relativo, mas não sua confusão, origem
de toda idolatria.
Para
tanto, reconhece que o conhecimento de um ser eterno, apenas se torna possível
por um atributo eterno no homem, tal como as coisas finitas se conhecem por
intermédio de atributos finitos (sentidos). Defende, portanto que o homem é por
natureza uma síntese entre finito e infinito, e que o conhecimento de Deus
parte inevitavelmente do conhecimento da alma. A alma para Atanásio é racional
e independente dos sentidos. Daí se concluir sua filiação divina e
imortalidade. Sua paridade definitiva com o criador:
Do
mesmo modo que, o corpo sendo mortal, os seus sentidos contemplam coisas
mortais, assim a alma que contempla realidades imortais e raciocina sobre elas,
deve necessariamente ser imortal e viver eternamente (94).
Outro
meio possível para o conhecimento de Deus se estabelece no reconhecimento da
ordem da criação, que implica necessariamente uma intenção, um ser, um Deus:
Concluímos
que há no corpo uma alma que comanda os membros, também se não a vemos. Assim,
a ordem e harmonia do universo levam necessariamente a conceber um Deus que
comanda todas as coisas, e um Deus único e não múltiplo. Porque a própria
disposição desta ordem e a harmoniosa concórdia do universo mostram a
existência do Logos que o comanda e dirige, e não de muitos, mas de um só
(102).
Esse
Deus único criou o homem do nada ao ser. Ausente de seu fundamente e
voltando-se para o múltiplo, o sensível e o transitório, o homem regressa do
ser ao nada, estabelecendo a sua mortalidade:
A
transgressão ao mandamento os reconduziu ao seu estado natural, e assim como
haviam passado do nada ao ser, era justo que doravante fossem sujeitos no
decurso do tempo à corrupção, propensa ao nada. Uma vez que antes nada era por
natureza, e a presença e a filantropia do Verbo os chamou ao ser,
consequentemente alheios ao pensamento de Deus, e voltados para o nada (pois o
mal é não-ser, e o bem é ser, saído das mãos de Deus, que é), os homens foram
privados do ser, que seria eterno (128-29).
Sendo
assim, o homem que era imagem e semelhança de Deus, se torna imagem e
semelhança do nada, isto é, de qualquer coisa, pois “a morte exercia cada vez mais seu poder e a corrupção subsistia no meio
dos homens. Desta forma, o gênero humano encaminhava-se para a perda. O homem
racional, criado à imagem do Verbo, desaparecia e a obra de Deus ia se
arruinando” (131).
A
encarnação do Verbo torna-se portanto um instrumento divino para a aniquilação
da morte e o regresso do homem do nada para o ser, da mortalidade para a imortalidade,
da corrupção para a incorrupção. Um regresso ontológico ao Éden.
O
Verbo, portanto, compreendia que a corrupção dos homens de forma alguma poderia
ser destruída, a não ser pela morte. Mas, era impossível que o Verbo morresse
por ser imortal, ele, do Pai o Filho. Por isso, assume corpo mortal, a fim de
que este, participe do Verbo, superior a tudo, seja capaz de morrer por todos,
e graças ao Verbo que nele habita, permaneça incorruptível e doravante faça
cessar em todos a corrupção pela graça da ressurreição (135).
Esse
tipo de constatação é inverossível a compreensão humana, dada a distância entre
criador e criatura. Cristo portanto, se torna o modelo de homem renascido à
imagem e semelhança de Deus que deve ser imitado.
De
fato, Deus é incriado, os homens foram criados do nada. Deus é incorpóreo e os
homens foram dotados de corpo. Em resumo, é muito grande a incapacidade da
parte das criaturas de compreender e conhecer o criador. Deus porém, em sua
bondade, teve ainda compaixão do gênero humano, e não deixou os homens privados
deste conhecimento, a fim de não julgarem, por sua vez, inútil a existência
(138).
Que
seria então necessário que Deus fizesse? Sim, que devia fazer, a não ser
renovar o que era segundo a imagem de Deus, a fim de que por meio dele os
homens pudessem ainda conhece a Deus? E como se faria isso, a não ser pela
presença da imagem do próprio Deus, nosso salvador Jesus Cristo? De fato, tal
coisa não era viável aos homens, apesar de terem sido criados segundo a imagem.
Nem aos anjos, uma vez que eles não são imagens. Por isso o Verbo de Deus veio
ele próprio, a fim de que , sendo a imagem do Pai, possa re-criar o homem
segundo a imagem (142-143).
Contestação das Oposições Judaica e
Grega
Atanásio
reconhece a autoridade da Escritura hebraica como profética e messiânica. Sua
intensão nesse reconhecimento consiste em identificar na figura humilde de
Jesus de Nazaré, o Verbo divino através das profecias bíblicas: de que a
encarnação é por natureza a consumação na história de toda a dinâmica profética
contida nas Escrituras. Sendo assim, a rejeição judaica a Jesus como messias é
desprovida de fundamento:
A
quem, pois, assim as Escrituras Sagradas se referem? Quem é este ser tão grande
do qual os profetas anunciam coisas tão prodigiosas? Nenhum outro se encontra
enquanto tal nas Escrituras, a não ser nosso Salvador comum, o Verbo de Deus,
nosso Senhor Jesus Cristo. É procedente da virgem, apareceu qual homem na terra
aquele cuja geração segundo a carne é inenarrável. Com efeito, não se lhe
atribui um pai segundo a carne, porque seu corpo não provêm de homem e sim
apenas de virgem (174).
Pura
invenção dos judeus, portanto, que transferem para o futuro fatos presentes.
Quando cessaram em Israel profeta e visão, a não ser quando apareceu o santo
dos santos, o Cristo? Sinal e marca considerável da presença do Verbo de Deus
era não substituir Jerusalém, não surgir profeta algum, nem revelação por meio
de visão. E era perfeitamente exato. Pois, tendo chegado o que os sinais
prenunciavam, que necessidade ainda havia destes sinais? Ao aparecer a
realidade, para que ainda as sombras? Por esta razão, os profetas falaram até
que chegasse a própria justiça, quem redime os pecados de todos. Jerusalém
perdurou muito a fim de que os judeus ali considerassem as figuras da realidade
futura (178).
Contra
os gregos porém, Atanásio justificava a relação do logos universal com o homem
particular Jesus Cristo. Em primeiro lugar porque se o verbo habita o todo,
inevitavelmente estaria em suas partes, logo, também no homem, posto que “De igual modo, quem concede e crê estar o
Verbo de Deus presente no mundo inteiro, ser o universo iluminado e movido por
ele, não se admira de que ilumine e mova um corpo humano” (182). Segundo,
porque para aproximar-se do homem e interagir com ele, Deus tornou-se homem
também, estabelecendo uma paridade, pois “ segue-se que o médico e salvador
devia aproximar-se das criaturas para curá-las. Por isso, ele se fez homem e
empregou o corpo humano, qual instrumento” (185). Por fim, Deus ao tornar-se
homem, corpo e matéria, os diviniza, os deifica, os aproxima dele:
Ele
se fez homem para que fossemos deificados, tornou-se corporalmente visível, a
fim de adquirirmos uma noção do Pai invisível. Suportou ultrajes da parte dos
homens, para que participássemos da imortalidade. Com isso nenhum dano
suportou, sendo impassível e incorruptível, o próprio Verbo e Deus. Mas em sua
própria impassibilidade guardou e preservou os homens sofredores, em prol dos quais
tudo isso suportara (198).
Conclusão
É
inegável a importância da figura de Atanásio no primeiro concílio ecumênico da
Igreja em 325. Onde se tratou fundamentalmente em se estabelecer uma oposição
ao movimento ariano que negava a identidade entre Deus Pai e o Filho. De que o
Filho enquanto enviado do Pai, era criado por ele e sendo assim, não era
co-eterno, assumindo desse modo a posição privilegiada de ser a primeira de
todas as criaturas e por isso superior a todas as outras, mas ainda sim,
sujeita e inferior ao Pai. É nesse aspecto que Jesus e Deus se distinguem, e
que Atanásio se estabelece contra. A unidade entre o Pai e o Filho é
fundamental para a própria salvação da humanidade decaída, doutro modo não
poderia haver proximidade entre um Deus infinitamente transcendente e um homem
radicalmente imanente (pecador). Sendo assim, Atanásio leva às últimas
consequências as palavras do apóstolo São Paulo: “Porque
há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”[3].
Biografia
ATANÁSIO.
São. Contra os Pagãos. Ed. Paulus. 2012.
_________.
São. A Encarnação do Verbo. Ed. Paulus. 2012.
[1]
Diogo Santana é graduando em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Email: diogosantana45@yahoo.com.br
.
[2]
Uma laicização que não é radical, tendo em vista ainda, o Uno, este sim,
sagrado e imortal.
[3] 1
Tm. 2.5.
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